Helman Telles
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Como já é sabido, câncer é o nome vulgar dado, no Brasil às neoplasias malignas. Estas se caracterizam por um estado patológico em que uma população de células proliferam de modo descontrolado (ao contrário das displasias) e autonômo e progressivo, não cessando mesmo após a remoção do estímulo que provocou o início do fenômeno. Assim, não respeitam os limites teciduais normais, invadindo e até mesmo destruindo adjacentes, podendo se espalhar para lugares distantes no corpo, através do processo de metástase. Tal crescimento refere-se a células que possuem distintos graus de indiferenciação que relaciona-se com o nível de alteração genética das células em questão. O componente genético fortalece a teoria de que a origem das neoplasias está no código genético, principalmente se considerado que existem tumores derivados de quase todas as células que compõem o organismo. Assim todos os indivíduos, potencialmente, são portadores de células com a capacidade de desenvolver diversos tipos de câncer sendo, contudo, de suma importância o estímulo responsável pelo “start” do processo. A compreensão destes fatores desencadeantes, hoje, é quase tão ou mais importante do que as medidas curativas, dado que as conclusões oriundas deste estudo inexoravelmente levarão ao aperfeiçoamento e extensão de cobertura das medidas preventivas.
Atualmente, sabemos terem efeitos “carcinógenos” diversas agressões biológicas, químicas e físicas, muitas dessas diretamente relacionadas com o “modus vivendi” do homem moderno. São novas tecnologias com efeitos colaterais agressivos, como o uso crescente de telefones celulares e a radiação decorrente; são diversas novas formas de alimento com ingredientes químicos potencialmente agressivos; fatores poluentes, stress, etc que contribuem de formas, cada vez mais esclarecidas, no indução do “câncer”. Assim, a medida que se desenvolve o entendimento da complexidade do processo neoplásico, crescem, também, os desafios postos pela forma de vida dita “desenvolvida”. Exemplos disso vão desde os exemplos já citados - e tendo, mais especificamente, em vista os cânceres bucais - destacamos a imensa oferta de produtos oriundos do tabaco, que contém componentes químicos, como hidrocarbonetos aromáticos, e outras substâncias responsáveis tanto pela indução como promoção dos processos neoplásicos. As ações oncogênicas deste hábito não se resumem às questões químicas, relativas ao mesmo. Este cria, ainda, condições favoráveis ao desenvolvimento de neoplasias pela agressão física da temperatura da fumaça. O hábito de fumar ou o tabagismo aliado ao consumo de álcool potencializa, por sinergismo, os efeitos deletérios ao organismo pelo viés que ora destacamos, ou seja: o ácool desidrata a mucosa bucal, fazendo com que esta fique mais suscetível a agentes carcinogênicos, além de afetar a função hepática, o que agrava a situação. Ainda destacando agentes físicos envolvidos na iniciação e desenvolvimento de neoplasias bucais, temos outros hábitos relacionados a ingestão de bebidas em altas temperaturas, como o chimarrão e café. Tais hábitos além de, por si só, terem potencial oncogênico, por conta da agressão física, podem, em associação com outras condições terem esse poder potencializado.
Atenciosa consideração deve ser colocada nos modos de trabalho dos indivíduos, como os que sobrevivem de pesca ou agricultura e não menos desprovido de importância são os traumatismos de mucosa bucal quer por próteses mal adaptadas, restos radiculares salientes ou vícios auto-traumatizantes, como “mastigar” as próprias bochechas, arrancar pele dos lábios, etc. De posse de todas essas informações podemos ou promover medidas educativas e preventivas a nível individual ou público. Estas podem ser desde o incentivo de uso de protetores labiais com filtro solar; dissuasão do hábito de fumar, criação de grupos de recuperação de tabagistas e alcoolistas, esclarecimentos quanto a boa higiene e saúde bucal, etc.
Do sucesso das medidas preventivas, teremos não só redução de gastos no tratamento e recuperação (por conta de mutilações) de pacientes cancerosos como a redução da taxa de morbidade, esta muitas vezes associada aos cidadãos produtivos e muitas vezes de grande necessidade à sociedade. Os benefícios do incremento de medidas preventivas, além do setor econômico e social, se estenderão para o segmento emocional (ajudando a evitar muitos sofrimentos familiares) e, talvez, até mesmo contribuam para a mudança de paradigma pelo qual se rege a nossa cultura e forma de vida hodierna.
Atualmente, sabemos terem efeitos “carcinógenos” diversas agressões biológicas, químicas e físicas, muitas dessas diretamente relacionadas com o “modus vivendi” do homem moderno. São novas tecnologias com efeitos colaterais agressivos, como o uso crescente de telefones celulares e a radiação decorrente; são diversas novas formas de alimento com ingredientes químicos potencialmente agressivos; fatores poluentes, stress, etc que contribuem de formas, cada vez mais esclarecidas, no indução do “câncer”. Assim, a medida que se desenvolve o entendimento da complexidade do processo neoplásico, crescem, também, os desafios postos pela forma de vida dita “desenvolvida”. Exemplos disso vão desde os exemplos já citados - e tendo, mais especificamente, em vista os cânceres bucais - destacamos a imensa oferta de produtos oriundos do tabaco, que contém componentes químicos, como hidrocarbonetos aromáticos, e outras substâncias responsáveis tanto pela indução como promoção dos processos neoplásicos. As ações oncogênicas deste hábito não se resumem às questões químicas, relativas ao mesmo. Este cria, ainda, condições favoráveis ao desenvolvimento de neoplasias pela agressão física da temperatura da fumaça. O hábito de fumar ou o tabagismo aliado ao consumo de álcool potencializa, por sinergismo, os efeitos deletérios ao organismo pelo viés que ora destacamos, ou seja: o ácool desidrata a mucosa bucal, fazendo com que esta fique mais suscetível a agentes carcinogênicos, além de afetar a função hepática, o que agrava a situação. Ainda destacando agentes físicos envolvidos na iniciação e desenvolvimento de neoplasias bucais, temos outros hábitos relacionados a ingestão de bebidas em altas temperaturas, como o chimarrão e café. Tais hábitos além de, por si só, terem potencial oncogênico, por conta da agressão física, podem, em associação com outras condições terem esse poder potencializado.
Atenciosa consideração deve ser colocada nos modos de trabalho dos indivíduos, como os que sobrevivem de pesca ou agricultura e não menos desprovido de importância são os traumatismos de mucosa bucal quer por próteses mal adaptadas, restos radiculares salientes ou vícios auto-traumatizantes, como “mastigar” as próprias bochechas, arrancar pele dos lábios, etc. De posse de todas essas informações podemos ou promover medidas educativas e preventivas a nível individual ou público. Estas podem ser desde o incentivo de uso de protetores labiais com filtro solar; dissuasão do hábito de fumar, criação de grupos de recuperação de tabagistas e alcoolistas, esclarecimentos quanto a boa higiene e saúde bucal, etc.
Do sucesso das medidas preventivas, teremos não só redução de gastos no tratamento e recuperação (por conta de mutilações) de pacientes cancerosos como a redução da taxa de morbidade, esta muitas vezes associada aos cidadãos produtivos e muitas vezes de grande necessidade à sociedade. Os benefícios do incremento de medidas preventivas, além do setor econômico e social, se estenderão para o segmento emocional (ajudando a evitar muitos sofrimentos familiares) e, talvez, até mesmo contribuam para a mudança de paradigma pelo qual se rege a nossa cultura e forma de vida hodierna.
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