EDITORIAL DE ABERTURA

COMEÇANDO UM NOVO TEMPO
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por Helman Telles
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A inspiração e iniciativa que me levaram a idealizar, a realizar e ajudar a organizar este espaço deve-se à pressuposição de que o mesmo possa suprir ou ajudar a preencher diversas lacunas que hoje se fazem presentes na categoria, em seu conjunto ou cujas manifestações se fazem, de forma mais ou menos acentuadas, em um ou outro integrante. O problema maior, que parece ser primordial, aponta para o fortalecimento da consciência de si, tanto como pessoa, como profissional e como membro de um corpo, aqui destacado como "Dentistas da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis" que, em grande parte, reflete o que ocorre na "categoria odontológica", como um todo. Diversas iniciativas (ou simulacros dessas) já foram tomadas nos últimos anos, contudo a cultura política nacional se fez valer sobre os objetivos pragmáticos que deveriam ter sido defendidos. Assim, o que se observou foi algo mais parecido com os fenômenos comuns à "elite" palaciana tupiniquim, onde discursos, promessas e esperanças geradas não implicaram de fato em transformações significativas da sociedade brasileira. Faltou a nós atitudes concretas que deixassem resultados duradouros tanto aos pretendentes do título de cirurgião-dentista como aos profissionais, especialistas ou não. Os efeitos deletérios, de tal defasagem, se fizeram mais pronunciados sobre os colegas pertencentes ao serviço público. Muito tempo perdeu-se em discussões estéreis e embates por um bom lugar junto à "fogueira das vaidades", resultando em confusão, alienação, decepção e desânimo por parte de uma grande maioria. Como nada é completamente ruim, a indignação, a angústia e o receio serviram de base à esta proposta. Para Freud, “a angústia é incontestavelmente relacionada com a espera”. Comte-Sponville, filósofo francês contemporâneo, crê que “a angústia e a esperança andam juntas”. E para Spinoza, pensador do séc. XVII, “não há esperança sem receio”. Pois bem: esses sentimentos estimularam a reação de alguns que acreditam que investindo em informação e integração possa-se dar luz à uma consciência crítica e com isso ajudar a promover uma nova era nas relações entre colegas e destes com as diversas entidades que reclamam para si maior idoneidade e mais direitos em defender nossas causas. Não obstante, enquanto faltar transparência, houver abismos discriminatórios entre os pares e carecermos de um boa parcela da maturidade - que se faz adiantada em outras categorias tão próximas a nós - será impossível ter-se a confiança mútua – condição esta sine qua non – para as transformações que já se fazem, mais do que urgentes, tardias.

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